”Amor, ch'a nullo amato amar perdona,
mi prese del costui piacer sì forte,
che, come vedi, ancor non m'abbandona.
Amor condusse noi ad una morte:
Caina attende chi a vita ci spense”.
“Amor, em paga exige igual ternura,
Tomou por ele em tal prazer meu peito,
Que, bem o vês, eterno me perdura.
“Amor nos igualou da morte o efeito:
A quem no-la causou, Caína, esperas”.
Divina Comédia
Inferno V° Canto vv.103 -107
Dante Alighieri
*** Trocando em Miúdos ***
Por um lado, destaca-se o poder esmagador do amor, que (como muitos disseram) não permite a uma pessoa que seja verdadeiramente amada de não recambiar (e isso explica a atração entre Paolo e Francesca), juntamente a esta interpretação coloca-se pelo menos uma outra:
O amor (sagrado de um casamento, como aquele de Francesca) não perdoa e não admite de amar outros;
O amor é, portanto, em Dante, algo complexo que não pode ser reduzido unicamente ao "Amor Cortese"; em quanto põe contradições naturais que conduzem a resultados até trágicos.
A Francesca (que é casada) o amor não permite de amar outro que não seja seu marido. Mais o mesmo amor, porém lhe permite de retribuir o sincero sentimento de Paolo (que os levará à morte e à danação eterna).
Esta contradição mesma entre, os preceitos religiosos e o esmagador poder do amor, expresso em tão alta forma, explica a solidariedade de Dante para os dois pecadores.
O poeta não se põe como moralizador, simplesmente descreve a tragédia do conflito entre a moral e a paixão, duas forças que são invencíveis.
E assim, mesmo se põe Paolo e Francesca entre os malditos, não pode deixar de sentir um profundo sentimento de piedade humana para eles.
Afinal, é impossível amar alguém sem se despedaçar!!! Trapo também é cultura... Vida que segue...
terça-feira, 20 de outubro de 2009
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